Arcane
Harry Potter RPG
Bem-vindo ao Arcane Outono, 1980
Ambientação

O "Arcane" se passa no início dos anos 1980, em um mundo onde algumas das principais figuras conhecidas não existiram. Bruxos das Trevas são rapidamente contidos pelas autoridades que adotam uma política de tolerância zero ao uso das Artes das Trevas, e alguns bruxos e bruxas ainda se mostram vigorosamente contra a imposição do Estatuto Internacional do Sigilo em Magia. Contudo, protestos antes pontuais acabam se tornando uma preocupação, especialmente após um linchamento público injusto ocorrer com um bruxo. O novo Ministro da Magia, Faustis D’Abo, gera divisões: alguns o criticam por sua falta de ação frente aos protestos, enquanto outros defendem sua abordagem de reprimir os conflitos e recomeçar.

150 Pontos
200 Pontos
300 Pontos
300 Pontos

Parceiros

Créditos

A skin foi criada por Ross, usando FontAwesome para os ícones e a animação de kaizhelam para o fundo estrelado. O Arcane foi criado e construído por nossa staff. Todos os nossos sistemas, descrições de habilidades e descrições de tópicos foram criados por Carolzoka e Dune. Os códigos oficiais do RPG (postagens, entre outros) foram criados exclusivamente para o Arcane por Dune. As imagens usadas em todos os tópicos foram obtidas no Google Imagens e Flaticon. Os ícones dos traços foram criados por talentosos designers: noomtah, becris, freepik, culmbio, canticons, wichai.wi, mikan933, sumitsaengtong, smashicons, muh zakaria e leremy, e os ícones comuns utilizados em tópicos foram criados por cappuccicons, saturn, honeybee e game-icons.

Vagão das Serpentes

+14
Fleur Lefebvre
Astrid Lothbrok
Dior Krauczuk
Ariel O'Hanoly
Fearne Sallow
Lucenzo Genovesi
Albert Devonshi York
Levi H. Matsuno
Molly C. Fitzwilliam
Nico Gaap Lecter
Vilhaan Sallow
Juno Laveau
June Azadritch
Arcanum
18 participantes

Página 1 de 2 1, 2  Seguinte

Ir para baixo

Arcanum
Administrador(a)
Vagão das Serpentes
Alguém está a fim de viajar? Todos os vagões de trens seguem o mesmo padrão, com assentos dispostos em fileiras e cada vagão é separado por uma cabine, ou seja, se você for de Lufa-Lufa, logo você terá que ficar apenas no seu vagão para não tomar um esporro dos superiores!

Aproveite para se divertir com os doces e salgados! Se desejar, coloque suas malas nos bagageiros do vagão e corra para pegar os assentos que há mesas dobráveis junto com elas.
June Azadritch
Grifinória
She's a silver lining, climbing on my desireexpresso de Hogwarts • com vilhaan
Era começo de letivo, de novo.

June não era o tipo de pessoa que realmente gostava de voltar a estudar, mas tinha suas facilidades nas matérias e sabia como adquirir conhecimento tirando uma soneca. Mesmo assim, sempre ficava entre os melhores da turma até onde podia contar.

O fato era que, no momento, não se falava em outra coisa… o novo ministro, as pautas que ele levantava com sua ascensão, as divisórias entre os bruxos. Muitos não ligavam, outros sabiam que estavam… lascados, especialmente aqueles que tinham de lidar com ele, trabalhando para o Ministério.

Não era o caso dela, sabia, mas isso interferia tanto quanto qualquer um.

Carregando seus trapos em uma mala, ela terminava de jogar a bagagem dentro do vagão e se aprontava para subir para as cabines da Grifinória, todavia, algo lhe deixava incomodada. O fato de ter ficado bastante tempo sem ver Vilhaan a deixava serelepe, consideravelmente incomodada… então porque não dar uma passadinha no covil das serpentes?

Com um sorriso sugestivo nos lábios, June partiu para o vagão da Sonserina, onde entrou sem problemas, já que ninguém usava uniforme algum. Senão por monitores e, bem, nerdolas.

Desviando de um ou outro, June se manteve curiosa ao encarar as cabines preenchidas, desejando que não tivesse problema para encontrá-lo… e por sorte, ali estava ele.

Vilhaan ajeitava alguma coisa no compartimento de cima dos estofados, sozinho. Talvez Gerard ou Lucenzo, até mesmo Fearne, apareçam depois… mas por hora, ele estava só.

Não pensou duas vezes antes de se enfiar ali dentro. Fechou a porta atrás de si e puxou as cortinas para que ninguém curiasse nada.

"Te assustei?" Ela indagou com o mesmo sorrisinho de antes; era seu forte aparecer de supetão. "Não sou tão feia assim, sou?" Arqueou a sobrancelha direita, caminhando para perto dele.

"Eu pensei em dar uma passadinha aqui, antes que seus primos aparecessem." June, sorrateiramente, contornou os ombros de Vilhaan e entrelaçou os dedos atrás de sua nuca, observando o rapaz de pertinho. "Tudo bem?" Riu baixinho, observando-o com um brilhinho nos olhos.
Juno Laveau
Sonserina
A transferência de Uagadou para Hogwarts no ano passado foi um verdadeiro terror na vida de Juno.

Quem gosta de sair de uma instituição no meio do ano, e simplesmente ter que se adaptar e começar do zero? Ninguém que tenha a mente saudável.

Não que ela fosse certa das ideias, mas… vocês entenderam.

Depois de praticamente enfiar as malas no bagageiro, Juno saiu esbarrando em meio mundo que lhe aparecesse na frente. Seu humor não estava dos melhores, é de se perceber… mas isso era algo que refletia em sua personalidade pelos seus momentos familiares.

Sua mãe era funcionária do Ministério e com aquele diabo ministerial assumindo, a vida dela se tornou um inferno.

"Dá licença, por favor?"Ela pediu, ainda educada, a um grupo de garotos que insistem em bloquear sua passagem.

Eles sorriram, feito bobos, e ela revirou drasticamente os olhos. Por sua altura - não era nem um pouco baixa -, se atreveu a se enfiar entre eles e finalmente passou, abrindo a primeira porta de qualquer cabine que fosse.

Nem pensou duas vezes antes de entrar, mas deu de cara com um moleque, que de longe ela sabia que podia ser um problema.

"Aí, mas que merda." Juno reclamou baixo enquanto coçava a testa, nervosa. Teve que respirar fundo, ainda era carismática, sabia que conseguiria. "Posso ficar aqui? Eu realmente não tô afim de procurar outro lugar pra sentar." Ela diz, nitidamente incomodada.
Vilhaan Sallow
Sonserina
does this unity have a soul?
O dia de voltar para Hogwarts era sempre igual, todos os anos. A loucura na hora de sair de casa, a viagem até a estação de King's Cross e posteriormente a luta para acharem cabines disponíveis nos vagões; além de, é claro, precisar ver muitos rostos conhecidos e gastar a sua voz bem mais vezes do que ele gostaria. Naquele ano, no entanto, Vilhaan não estava completamente incomodado. E nem estava com dor de cabeça o que, na sua visão, já era uma imensa vitória.

Talvez toda aquela paz se devesse ao fato de que ele tinha abandonado a sua trupe, ou melhor dizendo, corrido para encontrar um lugar bom para ficarem confortáveis na viagem, e agora podia fazer tudo com toda a calma do mundo antes que eles chegassem, sem precisar ouvir os burburinhos de Gerard ou assistir Lucenzo e Fearne se lambendo o tempo todo sem dar um descanso sequer.

Quando ouvia a cabine abrindo e fechando, imaginava que deveria ser um deles, e continuava ajeitando a sua bagagem sem se importar muito em se virar ou dar as boas-vindas ou qualquer coisa assim.

- Parece que as cabines estão menores esse ano. Acho que nós vamos ter que fazer uma votação popular pra decidir qual de nós vai ter que ser chutado pra fora. Eu voto no Gerar-

Antes que pudesse terminar, ele finalmente se virava e imediatamente sabia que não estava falando com ninguém que esperasse estar falando, até porque, até onde se lembrava, nenhum deles tinha cabelos ruivos e sardinhas tão charmosas quanto as de Juniper.

- June! - Vilhaan exclamava, deixando que ela se aproximasse e apoiando gentilmente as mãos em seus braços, que já estavam entrelaçados ao redor do seu pescoço. Vê-la era uma surpresa agradável, mas ele demorava um pouco para processar que a grifina de fato estava ali; ele só esperava que fossem se encontrar depois, talvez amanhã, já que o primeiro dia era uma loucura. Saber que ela havia tirado um tempo para fazer uma visitinha era um pensamento que o fazia sorrir. - Ah, eu diria que eles já estão vindo, então é melhor a gente se apressar, não é?

Se aproximando gentilmente, ele pressionava os lábios nos dela e suas mãos desciam para a sua cintura, a puxando para um pouquinho mais perto. Desde a primeira vez que tinham se beijado, era difícil os dois ficarem juntos sozinhos sem ter a urgência de fazer aquilo um pouco mais.

- Eu estou melhor agora. E você? Já achou uma cabine? Se algum monitor te ver aqui depois que o trem sair, você vai estar encrencada, sabia? - ele tirava uma mecha dos fios ruivos do rostinho dela e passava o polegar pela sua bochecha, sem deixar de sorrir. - É muito bom te ver...

Antes que ele pudesse desenvolver mais os seus sentimentos melosos, no entanto, uma comoção do lado de fora da cabine o fazia se distrair. As pessoas pareciam estar correndo, gritando (mais do que o comum), e as portas das cabines pareciam se fechar rápido demais.

- O que é isso? Soltaram uma bomba de bosta de novo? - sem controlar a curiosidade, Vilhaan deixava Juniper por um instante para poder ir espiar, e no momento em que abria a porta da cabine...

Um serzinho azulado que ele não sabia identificar de primeira se grudava em seu nariz com uma força surpreendente, fazendo com que o sonserino caísse para trás, por sorte, em um dos lugares estofados. Vendo os olhos grandes o encarando de tão perto, ele gritava com uma voz mais fina do que gostaria.

- O que é isso?! TIRA ISSO DE MIM! JUNE! - mesmo que segurasse a perna da criatura e tentasse puxá-la, ela não se soltava. E o pior, mais delas entravam na cabine de uma vez e começavam a mexer em tudo, rodeando a cabeça de Juniper, tentando puxar os cabelos dela. Quando finalmente agarrava o diabrete com força o suficiente para desenganchá-lo do seu nariz e o jogava longe, ele se focava em ajudar a grifina, se levantando e tentando expulsar as criaturinhas que a rodeavam com as mãos. - Xô! Xô! Vão para fora!

Sacando a varinha, ele tentava mirar para lançar um feitiço qualquer e fazê-los parar, mas era difícil demais. Eles se mexiam muito rápido e June também estava começando a ficar desesperada com a importunação.

- Espera, fica parada, paradinha... Confia em mim, eu vou acertar... É sério, se você não ficar parada eu não vou consegu-

Um dos diabretes passava por ele como um raio, tirando a varinha da sua mão e começando a rodopiar ao redor do teto da cabine com ela, soltando faíscas a torto e reto e soltando diversos guinchos irritantes que pareciam o bastante com risadinhas para que Vil começasse a ficar genuinamente irritado.

- Ah, ops. - Vilhaan protegia a cabeça das faíscas com o antebraço. O que ele faria agora?! Gritaria por socorro, na frente dela?! Sua única reação era puxar June para perto e tentar protegê-la também, enquanto tentava enxotar aquelas pragas. - Não tem nenhum professor para tirar essas coisas daqui?! Você tem alguma ideia?

Ele segurava um dos diabretes que tinha se grudado em sua orelha, o puxando pelas pernas para que soltasse e o lançando com força na porta da cabine. A criaturinha escorregava pelo vidro até cair no chão, desacordada. Bom, pelo menos, ele havia conseguido nocautear um deles.

Com June
June Azadritch
Grifinória
She's a silver lining, climbing on my desireexpresso de Hogwarts • com vilhaan
Quem poderia imaginar que June acabaria tão ansiosa para encontrar-se com Vilhaan, tendo em mente que, por fato, quase saíram aos tapas da primeira vez em que se encontram.

É divertido recordar a forma como acabaram ali, ansiosos pela presença um do outro, onde vale lembrar que xingamentos e ameaças estiveram a postos.

No final, ter roubado um beijinho do sonserino antes de ir embora tinha sido uma escolha muito bem feita.

Não pôde deixar de sorrir quando notou que os planos dele eram os mesmos que os dela ao se encontrarem, depois das férias. Aproveitar o tico de momento que teriam antes que se separassem por conta de suas respectivas casas era bom, melhor ainda quando se tinha a troca de selares que agora costumavam dar sempre que se sozinhos.

No Acampamento, debaixo de um gazebo… uma, duas. Algumas vezes, sim, e em alguns momentos por aqui e ali dentro de Hogwarts. June se sentia bem com Vilhaan, muito bem.

Aproveitando da proximidade e os sutis toques das mãos dele em sua cintura, se viu menos tensa, já que como dito, voltar a estudar nunca era lá aquela coisa. Pelo menos não para ela…

"Monitor? Ah, já enfrentei alguns bons desde o primeiro ano. Eles nunca dão conta do recado!" Juniper disse divertida ao ser questionada sobre achar uma cabine e principalmente o fato de estar no vagão de outra casa. "Você sabe que eu gosto de uma confusão." Por fim sorriu, tocando o dorso da mão dele que agraciava seu rosto, traçando caminhos por suas bochechas quentes.

Ela podia se acostumar com isso, todos os dias até, mas pelo jeito… os planos daquela viagem estavam contando com outros momentos. Argh, ela quis socar a fuça de quem estivesse causando esse tumulto todo. Iriam descobri-la!

"Vil…" Antes que pudesse dizer algo, fazer, escandalizar, bombardear alguma coisa, o pior aconteceu. Se você está pensando em um ser abominável, perigoso, demoníaco… você está certo. DIABRETES! Os olhos atentos da grifina acompanharam toda a cena: o merdinha do voador azul grudou no nariz estupidamente charmoso de Vilhaan, tão forte que fez com que ele caísse sentado em cima das poltronas.

Por uns instantes, ela ficou estática, mas voltou ao momento quando ouviu o Sallow gritar.

"PERA AÍ, PERA AÍ! FICA PARADO!" Pediu, mas teve medo de pegar a varinha e lançar algum feitiço de cara. Quer dizer, e se ela acabasse acertando Vilhaan?! Mas os diabinhos pareciam se multiplicar, triplicar, infinitamente! June rodopiava sem sair do lugar, abanando as mãos para que eles ficassem longe de seus belíssimos cabelos ruivos.

Por sorte, Sallow se livrou do grande apreciador de narizes e se levantou para ajudá-la. "Puta merda, quem trouxe eles?! Não é possível que alguém tenha achado: AH, VOU LEVAR DIABRETES!" Ela estava irritada, isso era notório, mas… tudo o que está ruim, pode sim piorar.

E lá estava ele, um Vilhaan tentando ajudá-la a todo custo, mas que acabou sendo vítima, visivelmente furtado. Antes que ele pudesse fazer mais por ela, sua varinha agora era um objeto de brinquedo para os ladrõezinhos. Os olhos de June estavam arregalados, e se eles a quebrassem?!

Faíscas saíam para tudo quanto é lado; os diabretes sabiam como irritar alguém melhor do que qualquer criança existente no planeta terra.

"Professores?! Não vi nenhum!" Realmente, onde é que estavam eles, quando se precisava? Pois bem. Ambos grudadinhos para que nenhuma besteira acontecesse, ela decidiu que aquilo acabaria ali e agora.

June retirou a jaqueta de couro que usava e a jogou para Vilhaan. Depois, aproveitou dos mínimos segundos - de paz - para amarrar o cabelo; ela iria para a guerra.

Ela sabia que era um risco a se correr, é claro, utilizar a varinha… por isso, primeiramente ela usaria os seus talentos naturais como uma verdadeira durona. Piadas a parte, June desferiu tapas nas criaturinhas que ousavam machucá-la bem como Vilhaan. Muitos deles acabaram enfiados nas malas entulhadas em cima dos estofados, enquanto outros se espatifavam no vidro da cabine.

"Petrificus Totalus!"O lampejo saiu da varinha de June, que petrificou todos os diabretes que estavam ao alcance de sua varinha, dentro do raio do feitiço.

Os azulinhos flutuavam, completamente parados, como se uma grande quantia de gesso tivesse sido despejada por cima deles. Finalmente… parados.

"Onde tá sua varinha?" Ela começou a vasculhar, até encontrá-la caída debaixo de um dos bancos, onde um diabrete se encontrava plenamente nocauteado. "Aqui." A devolveu ao Sallow, respirando fundo. Meticulosamente, ela segurou o rosto de Vil entre as mãos e analisou cada mínimo detalhe dele, se certificando de que estava "Inteiro. Ninguém mexeu no seu lindo rostinho."Ela disse aliviada.

Antes, June retocou a boca com um gloss - não muito comum - transparente, e depositou mais um selar  nos lábios dele. O que ele não sabia, era que em dez minutos, sua boca ficaria rosa, cheia de brilhinhos. Isso deveria durar a viagem toda, um gloss encantado que comprou na Zonkos tempos atrás.

"Nos vemos daqui a pouco. Tenta ficar vivo!"June piscou para ele, antes de vestir a jaqueta e sair dali, mais sorrateira possível.
Nico Gaap Lecter
Sonserina
but who are...  you?✖
A capa preta que lhe recaia os ombros não era para conferir elegância, pois, se o quisesse, o terno que vestia sob ela já era formidável o bastante. A verdade é que, com a chegada do Outono, as temperaturas começavam a baixar, dando seu prenuncio da estação que lhe sucederia; e estar aquecido durante uma viagem inteira desde King’s Cross até Hogsmead, era o mais sensato a se fazer. Nico estava devidamente confortável na cabine que escolhera entrar, já havia embarcado junto aos primeiros alunos – gostava de fazer assim por causa da última vez que não lhe restara opções o suficiente e precisou dividir espaço com outras quatro pessoas. Pessoas aos quais não nutria qualquer empatia.  É isto, ele estava pleno, sozinho, quentinho com sua capa e nada poderia atrapalhar... Quer dizer... Olhou para a entrada da cabine, com uma das sobrancelhas arqueadas.
Quem era aquela garota? Morena, voz aveludada – muito embora demonstrasse certo desconforto com a ideia de ter que encontrar outra cabine -, dentes alinhados, um pouco alta... Quem era aquela? O Gaap de sorriso ladino, mas, ainda assim cauteloso, previa que, diferente daquela outra vez que dividiu a cabine com quem tinha muito desprezo, aquela garota podia lhe render muito de sua empatia. – Minha cabine, é sua cabine! E olha que ele até se endireitou, alinhando os ombros e recolhendo as pernas do estofado para coloca-las no chão. – Fique à vontade para sentar-se onde bem preferir! Aquele molejo com cada letra que saia por seus lábios era só seu jeitinho maroto. As vezes era tão natural soltar frases ambíguas, que nem o fazia por maldade. Talvez isso se devesse ao seu jeito desinibido de ser, ou talvez a linhagem que trazia nas veias.  
- Muito bom que tenha só nós dois nessa cabine, não acha? Indagou, mas não estava sendo assanhadinho. Não dessa vez, pelo menos. – Digo pelo espaço que temos garantido! Dizia ao tatear um pequeno espaço vago ao lado do próprio quadril – aquele assento era realmente confortável. – Como se chama? Sabia que a primeira coisa que precisava saber de uma pessoa era seu nome. Aquela palavra... Singela palavra... Escolhida por nossos pais, é o que nos faz ser quem somos. Mas só ela não basta para definir o que somos, para tanto, precisaria de mais. E, meus caros, ele teria uma viagem inteira para conhecer aquela garota um pouco melhor.  
Interação: Juno

Juno Laveau
Sonserina
the boy
Ela quis morrer.

Seus ombros caíram rapidamente em desgosto e Juno quis mesmo se jogar debaixo dos trilhos, mas era tarde demais.

Seria cedo para falar que ela desgostava muito de garotos? De todos os tipos e idade, mas ainda assim… era engraçado considerando que sabia sobre sua bissexualidade; momentos à parte.

Agora era tarde demais para vazar dali e fingir demência, portanto, se comportaria da melhor forma possível na presença daquele menino.

"Quanta… hospitalidade, a sua."Ela dizia entre pausas, com uma expressão puramente desconfiada.

Lenta, Juno caminhou e, embora ele lhe oferecesse o espaço ao seu lado - ou fosse apenas uma impressão errada -, sentou-se de frente para ele, cruzando as pernas duramente.

Sua expressão de indiferença era um máximo.

Todas as frases que ele expunha eram relativamente de duplo sentido. Pelos deuses…

"É, embora ainda tenha espaço pra umas três pessoas aqui dentro." Juno comentou, com as pálpebras estreitas e as sobrancelhas ligeiramente unidas em desconfiança.

Não sabia o nome dele, de onde veio, e nem mesmo sua personalidade - apenas tendo uma ligeira impressão, claro -, mas já dava para perceber que ele era risonho abusadinho.

"Juno." Respondeu a ele, educadamente. Ora, ela precisava perguntar a ele também, né? Não custava nada, assim poderia ter ciência de quem precisava evitar durante o ano. "E você? Senhor gentileza." Ela sorriu pouco ao canto dos lábios, nada muito verdadeiro, tanto que sumiu rapidamente vibes Kanye West.
with nico • rp fechada
Molly C. Fitzwilliam
Dor insuportável , a story to be told.


O olho roxo de Andrea não combinava com seu casaco verde. Sim, seu olho ainda estava roxo e, por algum motivo, quanto mais puxava a mala pesada, mais o olho ardia. Era tão irritante que ela não cumprimentou nenhum dos valentões que gritaram seu nome como reverência, muito menos empurrou algum nerd. Naquele momento, tudo o que fazia era seguir em linha reta na-quele trem cheio de aromas.

O trem poderia estar em completo caos, mas Andrea ignorou cada pequeno detalhe e desviou de um ou outro diabrete. Até mesmo as pequenas criaturas sabiam que não podiam se meter com a ruiva. Estava sem saco, paciência e tudo mais. Não dormiu bem desde que chegou em casa. Passava madrugadas treinando para não ter que ver o pai bebendo até desmaiar enquanto apostava o dinheiro que não tinha. Durante o dia, trabalhava em festas infantis, fantasiada de urso, Ariel ou qualquer outro personagem famoso que não assustasse os filhos dos riquinhos.

Porra. Suas férias foram horríveis e agora tudo o que queria era dormir um pouco. Daria conta do resto depois. Caminhou até o vagão da Sonserina e, quando entrou, foi direto para a cabine número 3. Vazia e meio empoeirada.

Respirou fundo e colocou a mala no bagageiro – porra, o olho ardeu outra vez. Puxou o capuz do casaco, cobrindo a cabeça, e se sentou. Fechou os olhos e não viu nada. Nada... Até ver ele. Mais especificamente o punho dele. Forte. Duro. Doloroso. Então o cheiro de bebida. Os gritos. Os amigos rindo enquanto davam um jeito de roubar uma moeda ou outra.

Naquele dia, sentiu raiva. Sentiu pena. Sentiu vontade de partir, mas só seguiu para o quarto. Merda, ela só seguiu para a merda do quarto.

Agora, ainda de olhos fechados, cruzou os braços e suspirou. Não sabia se conseguiria dormir.
Nico Gaap Lecter
Sonserina
but who are...  you?✖
Poucas eram as vezes que Nico ficava constrangido, seu filtro para qualquer assunto era furado no fundo. Então era natural que se comportasse como um encrenqueiro – ou pelo menos, achava que isso era normal. Ouvia as palavras da garota com atenção, enquanto acompanhava sua lenta caminhada até o banco ao lado oposto do que estava. Ela sentou-se e retrucou sobre a quantidade de lugares vazios que ainda restavam ali. O rapaz, por sua vez, passou os olhos por cada um dos assentos vagos, como se contasse mentalmente quantas pessoas ainda cabiam. – Definitivamente, eu acho melhor assim! Estava sendo sincero. Apesar de gostar de tumulto e aglomerações, havia momentos em que se fazia valer mais a pena quando não existiam. Ainda mais em uma viagem tão longa como aquela que estavam prestes a fazer.

Sorria ainda com o canto dos lábios. – O silêncio não lhe agrada? No fundo, tinha conhecimento de que logo outros sonserinos entrariam naquela cabine; infelizmente ela não era reservada, ou tinha seu nome em uma placa – olhou para a entrada e por um instante pensou se não seria uma boa ideia colocar uma plaqueta ali. – Juno? Igual a deusa? Sim, ele era ligado em tudo que envolvia mitologia; adorava esse tipo de leitura, por mais que este não fosse o seu passatempo favorito. – Gentileza é o meu sobrenome! Brincou em um tom sério, quando momentaneamente sentiu um pequeno solavanco no corpo, sendo este o primeiríssimo movimento do trem. Uma buzina alta estarreceu seus tímpanos, anunciando que a viagem começava a partir daquele momento. – Sou o Nicodemos, mas me chamam de Nico. Finalmente apresentou-se compartilhando de sua verdadeira graça. Adorava o som de seu próprio nome, mas poucos o chamavam assim, sempre optavam pelo apelido.

Quase nem dava para sentir o movimento da locomotiva, sabia que isso era possível devido a velocidade que seu condutor utilizava sobre os trilhos ferroviários para que a viagem não fosse tão longa quanto já era. – Você não parece ser britânica! De ond... Teria continuado, se não tivesse sua fala interrompida pela chegada de dois garotos entrando na cabine. Um deles sentou-se ao seu lado, enquanto o outro havia sentado ao lado de Juno. Pareciam amigos, e tão pouco se importavam se a garota e o rapaz estavam ali primeiro. Nico os encarou, mas tão logo revirou os olhos e rapidamente os ignorou. Era inevitável que aquilo acontecesse. – Como dizia... Esqueci do que falávamos, Juno, deusa do amor! O tom maroto era uma das poucas coisas que o rapaz deixava de lado. Até que pôde ouvir os estalos de rodinhas que corriam pelos corredores do vagão. Ele conhecia bem aquele barulho: era o carrinho de doces. Muito conveniente, ele diria. – Hm, gosta de doces? Adiantava-se a perguntar, mesmo antes da vendedora chegar na porta da cabine.
Interação: Juno + NPCs

Levi H. Matsuno
Sonserina
Why don’t you change your pattern of talking shit about others, bae. It’s about to get boring, boring bae. I’m not hateful of you anymore.
Seus olhos continuam inchados pelo sono, coçou o direito e tentou focar a atenção em alguma coisa, a tempo de ver sua irmã com as bochechas vermelhas de raiva, adentrar ao trem antes dele - que ainda terminava de despachar suas coisas. A dupla não tem de quem se despedir, então as idas para Hogwarts são tão emocionantes como um passeio no carrossel: só deseja que acabe logo. Lyn demonstrava braveza já que, por culpa de Levi, atrasou-se mais uma vez! Como poderia? Logo ela, a senhorita perfeccionista com o horário e quem parece fazer questão de se esforçar até para a mísera ação de pegar o trem para Hogwarts. Contudo, acredita que o excesso de mau humor da irmã também tem relação com o aniversário dos dois, que é no dia seguinte. Ainda bem que não esqueceu de comprar o presente dessa vez, ou sua cabeça ia rolar antes dele fazer os sonhados 15 anos, quando acredita que se tornará um homem adulto. O motivo? Nem mesmo o coreano sabe.

Após se livrar das malas, subiu as escadas de madeira e quase não ouviu o ranger daquela velharia, porque de dentro dos corredores vinham sons emocionantes. Muitos jovens se reencontrando depois de tanto tempo e mesmo que não estivesse animado, já que preferiria continuar dormindo, pensou “já que estou aqui, vamos socializar”. Ter amigos, para Levi, é um tipo de investimento, conforme seu pai ensinou.

Deu alguns passos para dentro do pequeno caos quando viu o primeiro rosto conhecido. Aquele era Louis, um colega da sonserina que agora deve estar indo para o quinto ano, quem ele ajudou a contrabandear algumas bebidas estranhas para dentro do castelo, emocionante! Em troca, o mais velho entregou todas as provas que fez no quarto ano, qual o Matsuno ingressaria agora. De forma animada começaram a trocar algumas palavras, então seguiu o seu caminho, ainda com um pouco de dificuldade por haver muitas pessoas nos corredores. Pensou que deveria procurar o seu grupo, ou a bicuda de sua irmã, mas assim que o trem anunciou a partida, percebeu que seria impossível.

O movimento pareceu aumentar e em um momento se viu espremido entre dois alunos, em outro sua cara ficou amassada contra o vidro de uma cabine e só então, percebeu que havia algo mais naquela movimentação. Claro, sua percepção só ficou aguçada quando algo bem incômodo puxou os cabelos despenteados do sonserino, que ao bater a mão, achou que era um tipo de inseto muito grande, maior do que está acostumado. ─ Que tipo de modificação genética fizeram nos mosquitos? ─ Reclamou, erguendo o nariz para dar de cara com uma criatura azul, e outra, uma dupla que não parecia feliz pelo tapa que o primeiro levou.

Diabretes da Cornualha.

Nada felizes, pelo visto. Mas, em sua concepção, esse tipo de criatura infernal ao menos sabe o que é felicidade? Se considerar como se empolgam em atormentar os outros, devem saber.

Não foi fácil se desviar de um, imagine de três? Apareceu mais se agarrando ao seu capuz, no momento em que se virou em busca de um lugar para esconder-se daquelas criaturas. Não conseguiu nem lembrar onde deixou sua varinha, quanto mais pensar rapidamente no feitiço para paralisá-los. Por sorte, não era o único alvo e isso facilitou que, na primeira oportunidade conseguisse girar uma maçaneta e jogar seu corpo na primeira cabine que encontrou, fechando a porta atrás de si respirando aliviado ao estar em segurança e perceber que seus perseguidores acharam outros coitados com quem se divertir.

Porém, assim que entrou, logo sentiu um calafrio. De baixo astral. Notou, que em um canto embrulhado havia alguma alma infeliz, ou talvez só sonolenta… Pensando bem, ele mesmo estava com sono.

Ora, você foi atacado por essas coisinhas também? Quem foi o gênio que fez isso? ─ Perguntou, a segunda parte mais sendo para si, do que para a pessoa que ali estava recolhida. ─ É um saco que eu nunca tenha pensado nisso antes. ─ Embora hoje, se considere muito mais tranquilo do que aos 11 anos, ainda há coisas que lhe dariam prazer em realizar, como uma pegadinha daquela magnitude.

Dentro da cabine, o som da correria do lado de fora acabou por ficar abafado e o garoto, que suou ao tentar escapar dos vermes azuis, retirou o moletom pela cabeça e jogou o corpo sobre uma das poltronas, deixando o ar escapar do seu peito. É um alívio, para o corpo cansado, estar finalmente acomodado.
Ficarei por aqui um tempo, até tudo se acalmar lá fora. ─ Comentou, percebendo que até o momento a pessoa ali não parecia tão interessada em se comunicar, algo inaceitável para ele, que gosta de tagarelar o tempo todo. ─ E você é…? Eu sou Levi. ─ Com o capuz sobre a cabeça, não conseguia reconhecer a figura que está no mesmo ambiente e o sonserino jura… jura, que conhece todos os rostos de Hogwarts. O que não é difícil, considerando sua ótima memória.
Molly C. Fitzwilliam
Dor insuportável , a story to be told.


Andrea ouviu um barulho estranho. Claro, ainda estava acordada. Parecia que alguém tinha entrado na cabine. De qualquer forma, não se moveu. Com os braços cruzados, tentou buscar alguma memória feliz. Pensou na mãe, mas logo depois pensou no vizinho, e o pensamento alegre virou um pesadelo perturbador.

Merda.

Então ela ouviu uma voz. Sim, alguém teve a ousadia de atrapalhar a ruiva. Por um momento, manteve os olhos fechados. Só de ouvir alguém, seu olho machucado começou a arder. Não queria ter que socar uma pessoa hoje, mas a voz continuou tentando chamar sua atenção. Era uma voz jovem, um aluno, provavelmente da mesma idade que ela.

Talvez o reconhecesse se abrisse os olhos, talvez não. Suspirou. A voz não parou. Suspirou outra vez. A voz continuou reclamando. E essa mistura de barulhos abafados do corredor com a voz que tanto reclamava a fez ficar estranhamente confusa. Era muita coisa na sua cabeça, e, por um momento, pensou que ia explodir.

— Levi? — Abriu os olhos, inclusive o que estava vermelho, depois abriu um sorriso provocativo. — Você tem nome de cachorrinho, é? Para um asiático, imaginei um nome que lembrasse miojo. Que decepção.

E balançou a cabeça negativamente, rindo.


Albert Devonshi York
08. Diabretes nos vagões
Cecil, Helena e Ariel
Albert estava no vagão dos docentes, lendo um exemplar de "Plantas Mágicas Medicinais, Volume III", quando ouviu gritos vindos do último vagão do trem. Inicialmente, pensou que fosse apenas uma travessura ou algum ritual de iniciação dos alunos da Sonserina, a casa à qual pertencia e que ele conhecia bem. Suspirando, balbuciou silenciosamente para que os outros funcionários não o ouvissem. Contudo, os gritos ficaram mais altos e já estavam insuportáveis, como se os alunos estivessem dentro do vagão dos funcionários. O professor de Herbologia chamou alguns colegas para verificar o que estava acontecendo no fundo do trem.

À medida que avançavam pelos vagões, os gritos tornavam-se cada vez mais ensurdecedores. "O que será que fizeram desta vez?", pensou Albert, seguindo atrás de um professor de Poções, cujo nome era Cecil, se não estava enganado. De repente, Cecil abaixou-se, e Albert só teve tempo de reagir por instinto. "Protego!" Um diabrete vinha direto em sua direção. Albert passou na frente de Cecil e correu em direção ao vagão onde estava seu filho, Ariel. Nesse momento, não pensava em mais nada além da segurança de Ariel. Seu coração batia como se fosse sair pela boca, sua varinha já empunhada, e com a outra mão ele abria as portas dos vagões. Alunos da Lufa-Lufa e Corvinal espiavam curiosos, e alguns mais corajosos seguiam os funcionários que corriam para o fim do trem.

Ao chegar no vagão entre a Grifinória e a Sonserina, Albert encontrou um enxame de diabretes. Apontou sua varinha e, com a voz nervosa, gritou "Impedimenta!" Ele gesticulava com a mão, puxando os diabretes para fora das janelas. Alguns alunos da Grifinória estavam desesperados, principalmente os calouros. "Acho melhor tirarmos os primeiranistas daqui", disse ele, olhando para os outros funcionários. "No vagão da Sonserina parece que a situação está pior. Cecil, Helena, venham comigo." Os dois assentiram e seguiram em direção ao caos.

Uma nuvem azul de diabretes cobria o vagão. Alunos da Grifinória e Sonserina estavam misturados, tentando ajudar. Albert avistou Ariel ajudando os colegas de casa. O susto passou rapidamente, e ele, junto com Cecil e Helena, lançou uma forte rajada de "Petrificus Totalus". que inundou o lugar com um lampejo branco. Os diabretes começaram a flutuar lentamente no ar. "Vamos, joguem esses diabretes pela janela!", ordenou Albert. Os alunos começaram a chutar, jogar e lançar os diabretes pelas janelas abertas. Logo, o trem se distanciou das criaturas e o jovem herbologista fez um movimento com as mãos e as janelas se fecharam imediatamente, um silêncio e constrangimento por parte dos alunos era visível aos olhos dos três professores.

Albert olhou ao redor e disse: "Quando chegarmos a Hogwarts, teremos que dar uma explicação. A menina Emma, do primeiro ano, teve tufos de cabelo arrancados." Albert olha para o amigo de trabalho " Cecil quando chegarmos à Hogwarts, por gentileza, prepare uma poção para reparar o dano da probre menina Emma com a a poção "crecer cabelo" na dosagem certa, digo você me entendeu caro amigo." o estudioso de plantas deu uma pausa, suspirou e fitou os alunos ali presente  "E a casa responsável por essa situação já começará com pontos negativos na Copa das Casas. Sinceramente, eu  espero que não seja a Sonserina." Ele estava visivelmente irritado enquanto olhava para Ariel e os outros alunos. "Vamos, voltem para suas cabines. Logo estaremos chegando em Hogwarts. Arrumem essa bagunça!" Havia malas reviradas, objetos jogados e janelas quebradas. Helena, de forma discreta e elegante, lançou um "Reparo" para consertar o vagão. Os três
docentes, então, voltaram para a frente do trem.

Mencionados:
Lucenzo Genovesi
Sonserina
the dragon's dead
betrayal and forgiveness are best seen as something akin to falling in love.
Cada embarque para a escola era idêntico à dos anos anteriores. Nada mudava, absolutamente nada, exceto o comprimento do seu cabelo, que crescia quase até os ombros. Fora isso? Nada diferente. Lucenzo acordava como de costume, cedo pela manhã, arrumava o cabelo para impressionar a namorada, mas tudo continuava igual.

Isto é, até que ele entra em uma cabine que acreditava estar vazia e encontra dois idiotas familiares se agarrando no meio do corredor. Ele revira os olhos, sem parecer nem um pouco surpreso. De certa forma, já esperava que June e Vilhaan estivessem juntos, mas mesmo assim fecha a porta da cabine com certa força para chamar a atenção deles e, claro, provocá-los um pouco, porque ele adora ser irritante.

“Vocês são ridiculamente bregas,” Lucenzo faz um barulho de vômito e coloca suas malas nos devidos lugares. Se quisesse um momento a sós com Fearne, precisaria arrumar todas aquelas malas em um espaço apertado – mas quem se importava com isso, quando ele não via a namorada há um bom tempo (três dias, para ser exato, mas ele é muito dramático) e estava morrendo de saudades dela?

Mas, merda, como ele poderia ficar pensando na saudade que sentia da namorada quando seu melhor amigo, que acabou de beijar alguém pela primeira vez em toda sua vida, está completamente apaixonado e falando coisas que poderiam ser chamadas de poemas? Poemas ruins, é claro, mas ainda assim poemas. “Eu não acredito em Deus, mas se ele existe, por favor, faça o Vilhaan pular do trem em movimento.

Eles continuam, e continuam, até começarem a se beijar, então Lucenzo pega todas as suas malas com o intuito de encontrar a namorada, esperando que ela esteja em uma cabine vazia para que ninguém os interrompa. “Figli di puttana.”

Ele abre a porta da cabine, com os braços cheios de malas, e vai até o final do vagão, finalmente encontrando uma cabine que realmente parece vazia. Claro, há alguns alunos ali, mas ele não os conhece, exceto pelos lindos cabelos loiros que reconhece de imediato. Ah, é ela.

Lucenzo se aproxima dela na ponta dos pés e joga uma mala em seu colo, fazendo Fearne gritar de dor. Sem o menor arrependimento, ele ri e se inclina para dar um beijo em sua bochecha, antes de colocar as malas em uma mesa em frente ao assento. Finalmente, ele pode se sentar e descansar.

Amore, você sabia que June e Vilhaan estão... juntos? Dois nojentos,” ele comenta enquanto se acomoda ao lado de Fearne. Ela rapidamente beija seus lábios com um selinho breve, mas suficiente para fazê-lo esquecer o novo casal.

Nesse momento, ele se sente animado e percebe que Fearne está muito feliz em vê-lo. Naturalmente, eles se inclinam um para o outro e trocam um beijo breve, mas firme. Ele não queria ficar trocando beijos na frente dos outros pois sabe que se começar agora, não irá parar depois, mas antes de envolver o braço ao redor de Fearne, puxando-a para perto e deixando sua cabeça descansar em seu ombro, Lucenzo a beija mais uma vez.

“Senti sua falta. Sério, você não tem ideia de como minha vida é insuportável sem você por perto. Imagine ter que suportar o Niccolò por mais de duas horas no mesmo ambiente?”

Fearne sabe que Lucenzo está apenas brincando; a relação entre ele e seu irmão sempre foi muito boa, ao contrário dos seus outros irmãos, que têm comportamentos, hum, um tanto excêntricos. No entanto, ele sempre adorou reclamar do irmão mais novo. Esse é o jeito dele. Antes que pudessem continuar falando sobre outras pessoas e chamar um aluno mais à frente de feio, Lucenzo ouve um barulho alto atrás deles e olha irritado para quem abriu a porta da cabine desse jeito tão brusco. Ele percebe que é Gerard, com os olhos arregalados e assustados, como se tivesse visto um poltergeist.

Ele não tem nem tempo de perguntar o que aconteceu, pois percebe que mais pessoas estão entrando na cabine. Com sua visão ainda boa, ele jura ver uma criatura horrível e azul se aproximando. Na verdade, não é apenas uma criatura, mas dez, todas correndo em direção à cabine onde eles estão.

Fearne arregala os olhos junto com ele, e os dois viram as cabeças lentamente para se encararem. “Fear, fique atrás de mim”, ele diz, mesmo estando morrendo de medo ao ver aquelas criaturas se multiplicando. “Porra, Gerard. Fecha a porta, seu idiota!”

Gerard não ouve — na verdade, está ocupado tentando afastar um dos bichos que agarrou uma garota que se jogou dramaticamente no chão da cabine, mesmo com o trem ainda em movimento. Ela estava completamente maluca?

Em questão de segundos, um dos bichos voa em direção ao cabelo de Lucenzo, agarrando os fios com força e puxando-os para cima. “FEAR! — TIRA ESSA COISA DE MIM, ELE NÃO PARA-,” seus gritos são interrompidos quando o bicho pousa em cima de seu nariz e, logo em seguida, outro bicho se aproxima de Fearne, correndo rapidamente pela mesa à frente deles.

Ah, droga. Aquele pestinha certamente iria avançar em Fearne, assim como seu "gêmeo" maligno que estava plantado em cima de sua cabeça, mexendo os pés pequenos em seu couro cabeludo. Antes que pudesse reagir, mais daquelas criaturas aparecem, todos os olhando como se fossem brinquedos.

Uso de habilidade:

Lucenzo aproveita a oportunidade para pegar a mão de Fearne e guiá-la para um canto mais afastado da cabine. Não tinham como sair, já que um imbecil (Gerard) havia trancado a porta com um monte de malas em frente a ela. Que merda. Amore, eu te amo tanto. Se algo acontecer comigo, quero que saiba que pode ficar com todo o dinheiro que guardei na minha conta. Mas, por favor, não gaste com aquelas pelúcias feias de cachorro que você gosta. Prefiro morrer do que pensar que meu dinheiro será usado para isso.”

+evento com fear e mencionando gege
Levi H. Matsuno
Sonserina
Why don’t you change your pattern of talking shit about others, bae. It’s about to get boring, boring bae. I’m not hateful of you anymore.
O clima dentro da cabine que não estava dos melhores, pelo visto, não melhorou quando começou a falar. O sonserino demorou a perceber que todo esse tempo a pessoa (que agora descobriu ser uma garota) estava o ignorando, sendo que se ela não quisesse conversar não seria mais fácil só falar que não estava afim? Ele é um pouco lento, isso é verdade, mas também não é burro e o tom de escárnio na voz alheia fez tudo bem evidente e ao encarar a pessoa, percebeu que já havia visto a mesma algumas vezes e inclusive pertencem ao mesmo ano.

Também não se lembra de tê-la visto muito rodeada de amigos, talvez seja por esse temperamento que está mostrando. Quem aguenta? Concorda que há muitas pessoas em Hogwarts difíceis de conviver, mas isso não o incomoda e nem se faz o desafio, apenas deixa para lá.

Os diabretes furaram seu olho? Por isso você está tão irritadinha? ─ Questionou sem qualquer pudor ao notar, por um instante, que ela parecia ter sido atingida. O garoto não é feito de meios termos e sempre fala o que pensa, não importando que tipo de consequências isso vá gerar. Ele tampouco leva as coisas para o lado pessoal, não que seja um bom samaritano, mas são poucas as situações que acredite valer a sua energia.

Ficar discutindo com uma garota, na cabine do trem, não é uma delas. Se fosse um menino, poderiam resolver com umas porradas e depois rindo de tudo, mas né… Mulheres são absurdamente mais difíceis de lidar, ele mora com uma, pode afirmar!

Yah, não é você quem está latindo? ─ Perguntou, recostando a cabeça no estofado do banco e então cruzando os braços, com um sorriso bem malicioso nos lábios. ─ Mas quase acertou, embora eu não seja um cachorro, eu adoro morder… principalmente quando me pedem. ─ Completou, sem problema nenhum, dando uma virada para a porta a fim de perceber como estavam as coisas lá fora, mas a bagunça não parecia muito perto de acabar, isso o fez perguntar quantas criaturas daquelas foram soltas dentro do trem.

Além disso, se quiser me ofender vai precisar fazer muito mais do que xenofobia. Sem contar que uso um nome mais fácil, para pessoas como você, que provavelmente não saberiam pronunciar nem se eu desenhasse.  ─ Soprou uma risadinha baixa, por um momento, pensando que se sua irmã estivesse presente, já o teria dado um beliscão. Inclusive, acha que ela deve estar especialmente irritada com esse ataque que, para se manter seguro ali, percebeu que está perdendo a reação exagerada de sua irmã. O que é uma pena. ─ Não que eu deva explicações. ─ Finalizou o assunto, não esperava que agora ela fosse levantar, nem pedir desculpas ou muito menos conversar com ele, talvez o silêncio fosse a melhor pedida no momento.

Pelo menos até o momento em que, os diabretes fossem contidos e ele pudesse simplesmente sair. Precisaria achar a tia dos doces também, percebeu agora que está morrendo de fome.

Molly C. Fitzwilliam
Dor insuportável , a story to be told.


Claro que não seria respondida com flores e abraços. Afinal, ela começou aquela confusão toda. Enquanto o menino a respondia, sua raiva crescia pela falta de controle que a situação lhe oferecia. Obviamente, sua expressão era de ódio. Poderia pegar aquele filhote de Naruhito e enchê-lo de pancadas, ensinando-lhe os bons modos que sua mãe provavelmente não tinha ensinado.

De supetão, se levantou, pronta para puxá-lo pela gola da camisa e deixar seu rosto branco vermelho como sangue. O capuz caiu para trás, revelando seu rosto que, embora fosse muito feminino e bonito, estava machucado e marcado pela raiva.

Mas bastou levantar para seu olho começar a arder e ela ficar tonta, com dor de cabeça. Droga, tinha levado um golpe e tanto. Ignorando todas as falas do garoto, sentou-se outra vez, as mãos nas laterais da cabeça. Inclinou o tronco para a frente, esperando que isso fizesse com que a nitidez voltasse para os seus olhos.

Merda. Porra. Droga. Estava parecendo uma fraca miserável e mal conseguia dar uma lição naquele japonês filho da puta.

– Caralho... Qual é o seu problema? – A pergunta era para si, mas a voz de dor ecoou por toda a cabine.




Levi H. Matsuno
Sonserina
Why don’t you change your pattern of talking shit about others, bae. It’s about to get boring, boring bae. I’m not hateful of you anymore.
Por um breve segundo estava tão concentrado nas coisas lá fora, que tinha esquecido que havia alguém dentro da cabine que parecia muito irritado com ele. O motivo, ainda não sabe, mas também não se importa muito, já que achou até divertido ver como ela parecia quicar da cadeira pronta para agredi-lo. É uma pena que não bate em mulheres, se não o papo seria muito divertido.
Ei, olho roxo, se não sabe brincar não deveria ficar quietinha? ─ Perguntou com seu habitual tom debochado, inclinando a cabeça para o lado enquanto seus olhos se fitavam na situação da outra, que não parecia estar no melhor de suas faculdades mentais. Não deve ser alguém tão ruim, ele também estaria de saco cheio se tivesse com a cara daquele jeito e um cara chato aparecesse sem parar de falar.

Então era melhor não cutucar mais a cobra.

Deu uma risadinha, revirando os olhos enquanto balançava a cabeça de forma negativa. Ele já disse como mulheres são completamente complicadas?

Meu problema? Meu? Boca suja, você não fica mais legal por falar palavão. ─ Soprou uma risada, que se converteu em uma gargalhada. Então, tentou controlar a respiração para que o som não continuasse saindo tão alto e a outra sentisse ainda mais vontade de bater nele. ─ Ai ai… É cada doido que me aparece. ─ O coreano pegou seu moletom, jogou nos ombros e ficou de pé, enchendo o peito de ar sem sentir qualquer cheiro, já que seu olfato é inexistente.

Aproximou-se da porta da cabine e então viu que as coisas lá fora haviam sido controladas, será que pegaram todos aqueles bichos azuis? Bom, é uma boa oportunidade para sair do lugar e ir em busca da irmã. Será que algo interessante aconteceu nesse meio tempo? Bom, terá que descobrir.
Espero que a gente se encontre quando seu humor estiver melhor. ─ Após dizer isso, o sonserino deu uma olhada para trás e piscou, girando a maçaneta e saindo da cabine. Sério, esperava mesmo que a menina ficasse bem.

Molly C. Fitzwilliam
Dor insuportável , a story to be told.


Conforme ficou parada, a tontura diminuiu e a dor, embora quase palpável, estabilizou-se. Andrea ergueu um pouco o rosto para o asiático e franziu a testa ao ouvir seus comentários. Estava furiosa. Sabia que era mais forte e podia fazê-lo cuspir sangue para aprender a não ser tão trouxa.

Porra, só de pensar em levantar, a tontura já voltava e o mundo perdia o pouco de eixo que tinha. Por sorte, o garoto atrevido se retirou do vagão e a deixou sozinha. Andrea puxou o capuz e encostou a cabeça, esperando que a dor fosse embora.

Mas, merda, pra que desejar isso? Ela dava conta. Não era fraca nem chorona. Sim, ela dava conta de toda essa dor e, ao mesmo tempo, podia quebrar aquele japonês em dois. Ela não era fraca – repetiu isso várias vezes até se tranquilizar.

Seu plano era dormir, mas não conseguiu. Não naquele momento. Quando a dor cedeu um pouco, saiu com rapidez.




Juno Laveau
Sonserina
the boy
Nicodemos era seu nome. Nico, como preferia ser chamado.

É, o nome realmente não combinava com ele, assim como o seu não fazia o menor sentido para ela. Digo, Nicodemos… não era uma figura religiosa ou algo do tipo?

"Não. Não é como a deusa do amor." E definitivamente não era. Sua mãe nunca lhe explicou o real motivo do porquê da escolha, mas… definitivamente não seria pela deusa. Ou será que sim?

Ela acomodou sua mochila sob o colo. Era a única coisa que trazia consigo na cabine; ali dentro tinha uma grande quantia de revistinhas. Gostava de se entreter sempre que podia, até porque uma escola, ainda mais uma escola nova, poderia sim ser bastante tediosa.

Ela não sabia se agradecia aos intrometidos por não deixarem ambos sozinhos ou achava aquilo ruim. Mas de qualquer forma, Nico pareceu incomodado, ao menos por alguns instantes. Juno sequer moveu um centímetro do corpo, apenas seguiu ouvindo as baboseiras que ele dizia.

Parecia interessado em sua nacionalidade, antes de serem interrompidos. Agora, o assunto era outro. "Detesto." Respondeu a ele sobre os doces.

Estranho? Bem, ela realmente odiava doce. Preferia algo mais azedo, cítrico… sabem? Mas era uma pena, definitivamente…

A viagem não parecia perigosa, até a pouco. Entretanto, Juno estranhou uma movimentação suspeita nas bagagens dos dois intrusos que resolveram compartilhar o espaço com eles, sem que pedissem licença. Sua preocupação era pouca, até que ela observou o zíper de uma das malas abrir lentamente e de lá, vários diabinhos azuis voaram para fora, fazendo a maior baderna.

"QUE PORRA É ESSA?!" Gritou. Nunca, em toda a sua curta vida até aqui, ela tinha visto algo como aquilo. Ora, em Uagadou, diabos azuis pequeninos não eram vistos todos os dias…

Os infelizes voavam para lá e pra cá, agarrando narizes, cabelos, qualquer coisa que vissem pela frente. Um deles até tentou pegar a mochila de Juno, mas ela foi mais rápida e revidou com um tapa na criatura, que bateu no vidro e desceu lentamente.

Sem que ficasse surpresa, ambos os alunos responsáveis por aquilo correram para fora, mas o problema era que algumas malas caíram sob a porta, impossibilitando a passagem de Nico e Juno.

"Cuidado!" Ela sentenciou, observando um deles se divertir com as orelhas do sonserino.
with nico • rp fechada
Fearne Sallow
Sonserina
Eat the rude.
Por mais que duvidasse que tivessem ficado setenta e duas horas sem se ver, poder colocar os olhos em Lucenzo Genovesi outra vez enchia o coração de Fearne de uma alegria completamente genuína. Era até engraçado... Mesmo os dois estando juntos já fazia tempo, ela ainda conseguia sentir um friozinho na barriga toda vez que pensava que o veria em breve. E é claro que aquele ano não era nadinha diferente; desde o momento em que tinha embarcado, ela constantemente olhava para os lados procurando por ele.

Depois de alguns minutos de tortura, o Genovesi finalmente aparecia na cabine que ela tinha se instalado da maneira mais romântica o possível: jogando uma mala pesada em seu colo e a beijando no rosto logo em seguida, para compensar.

- Uff, a do ano passado estava mais pesada. Você jogou todos aqueles livros esquisitos que você tinha fora? - ela empurrava a mala para o lado, fechando o livro que estava lendo e se ajeitando para dar mais espaço para que Luce sentasse ao seu lado, imediatamente se grudando nele, o ouvindo falar sobre o primo e aquela ruiva da grifinória com a qual ele estava envolvido ultimamente. - O Vilhaan tem um tipo muito específico de garota, né? Tipo, qualquer uma que decepcionaria o meu tio. Parece que é de propósito.

E não era mentira. Se Kieran esperasse que ele estava namorando uma garota da grifinória... Bem, bastava dizer que seria uma situação bem interessante.

Era engraçado como os dois sempre estavam julgando os outros casais a torto e reto, mas ao mesmo tempo, conseguiam ser extremamente grudados um com o outro. E isso incluía a quantidade absurda de beijos que eles trocavam nas poucas oportunidades que tinham a chance, incluindo naquele momento. Por mais que ela não gostasse de beijar em público, às vezes não conseguia se segurar.

- Eu senti a sua falta também. Falando no Niccolò, ele passou aqui mais cedo... Chamei ele pra sentar com a gente, mas ele disse... - ela parava por um instante, tentando se lembrar das palavras dele. - 'Até parece que eu vou sentar com vocês, esquisitos', e saiu.

Antes que pudessem conversar mais sobre o comportamento rebelde do Genovesi mais novo, uma comoção do lado de fora da cabine começava a chamar a atenção. Fear se segurava no braço de Lucenzo, o apalpando sutilmente.

- Que gritaria. O que será que... - antes que pudesse continuar, uma dezena de criaturas azuis entravam zunindo e voando pelo vagão deles, e mais pessoas de dentro começavam a gritar enquanto os bichinhos grudavam em suas roupas e puxavam os seus cabelos. É claro que Fearne não demorava meio segundo para se esconder atrás de Luce, antes mesmo que ele tivesse a chance de falar, o usando como escudo. - Que porra é essa?! Isso são...

"Diabretes!" Gerard, o primo, entrava gritando na cabine, arreganhando a porta ainda mais e tentando se proteger de três diabretes que estavam rondando ao redor dele com os braços.

- Diabretes da Cornualha?! - Fearne repetia, pegando o livro que estava lendo antes de Lucenzo chegar para bater em um dos diabretes que chegava perto dela, o lançando para longe. Mas as criaturinhas pareciam se multiplicar, zumbindo e soltando ruídos estridentes. - Sai! Ai! Solta meu cabelo! Uf... - um deles vinha voando com uma velocidade surpreendente e trombava com força em seu nariz, a fazendo soltar um espirro ruidoso.

Durante cerca de trinta segundos, o lugar estava um completo caos: eles estavam presos, Lucenzo parecia ter conseguido tirar três ou quatro deles, mas o restante ainda estava voando por aí e atazanando todos ao redor. Gerard estava com as orelhas tão vermelhas de tanto serem puxadas e com um grudado no nariz, e outra das criaturinhas tinha dado um jeito de entrar por dentro do casaco dela e agora estava se arrastando por seu corpo e fazendo cócegas.

- S-Socorro! Socorro... Ele... Ele entrou na minha roupa! TIRA! Tira isso de mim!! - pulando de um lado para o outro e enfiando a mão dentro do casaco, ela conseguia segurar em sua perna e o puxava para fora, de cabeça para baixo. - Seu... - Fearne começava a sacudi-lo impiedosamente por vários segundos, deixando o diabrete tonto o suficiente e depois o arremessando para o lado de fora também, tomando cuidado para não deixar mais deles entrarem.

Fechando a porta da cabine e se apoiando contra ela, ela respirava por alguns segundos, percebendo que só faltava um deles: o que estava segurando no nariz de Gerard. Sem pensar duas vezes, a sonserina pegava seu livro de novo e batia com força contra o rosto do primo, fazendo com que a criaturinha se soltasse, mas também o atingindo por consequência. Gerard caía para trás e começava a grunhir.

Mesmo com as reclamações dele, ela respirava fundo e olhava ao redor, se perguntando o que diabos tinha acontecido ali exatamente. Haviam vários diabretes desmaiados dentro da cabine agora, e todos no interior se olhavam tão confusos que ninguém parecia saber por onde começar. Lucenzo estava com os cabelos para cima, e Gerard segurando o nariz e resmungando. - Bom. - ela suspirava, penteando os próprios fios embaraçados com os dedos e ajeitando seu casaco. - Esse ano começou bem, né?

com Lucenzo e citando Gerard
Ariel O'Hanoly
Sonserina
THE DARKNESS
SON OF THE HELL
trem4 anosonserina interação com Albert e npcs


      Após a tarde calorosa de verão em que fiquei nas ruas de Londres sozinho, gastando o dinheiro sorropiado de um despercebido numa lanchonete de esquina, dediquei-me ao grande esperado momento de ingressar em Hogwarts. Até ali, meus estudos tinham sido em casa através de professores particulares e pela dedicação excessiva de Albert, meu pai adotivo. Nossa relação não era das melhores, muito embora não tivesse o que reclamar. Quando o trem, que apitava forte, estacionou na plataforma de embarque, senti meu coração saltitar dentro do peito. Adentrei, deixando minha mala no repartimento inferior.

      Depois de algumas horas de viagem, onde meu corpo estava recolhido na parte fofa traseira dos acentos do vagão das serpentes, pude ouvir um alvoroço se formando pela extensão do trem. O som de gritos e murmúrios alcançavam a região final da locomotiva, me fazendo saltar do acento imediatamente, empunhando minha varinha. Aturdido, pude perceber a presença de pequenas criaturas horrendas, cuja aparência lembrava um mini duende, só que mais deformado. Os outros bruxos sonserinos pareciam não dar a mínima para o que estava acontecendo, até serem importunados pelos diabretes.

      Saindo para fora do vagão da sonserina, pude perceber que a situação estava bem mais grave do que imaginava. Os alunos do primeiro ano desesperado, chorando e gritando por socorro, enquanto outros tinham os cabelos puxados pelas criaturas pequenas e assustadoras. Ao longe, pude notar a chegada de alguns professores, que tentavam de certa forma amenizar os estragos e acalmar os ânimo, mas ainda estavam longe demais para que eu simplesmente ignorasse e retornasse ao meu acento confortável. Embora não me importasse com absolutamente ninguém ali presente, exceto Albert, ficar parado também não era de minha personalidade impulsiva. Uma das criaturas cismou com meu colar, a única coisa que tinha de minha mãe, antes que aquele mini monstrinho se aproximasse mais para puxar o item metálico, apontei minha varinha para ele, conjurando:

— Edublio!  — da ponta da varinha um lampejo vivido saiu, atingindo a criatura em cheio, fazendo-a ficar presa em uma bolha. No entanto, ao redor havia muitas outras em meio ao caos instalado no trem.

      Assim, continuei lançando o mesmo feitiço na quantidade máxima de criaturas que conseguia, até ouvir a voz de Albert, que aparentava estar preocupado. Auxiliei alguns alunos, levando até um vagão mais seguro, enquanto retornava ao corredor para tentar alcançar meu pai, mas já tinha o perdido de vista. Dessa forma, retornei ao vagão da sonserina, tentando controlar os ânimos por ali até que tudo voltasse ao normal.

Feitiços usados:


code by EMME




Última edição por Ariel O'Hanoly em Qui Jul 11, 2024 6:30 am, editado 1 vez(es)
Dior Krauczuk
Corvinal
You're lonely now and I hate it, I'm sorry that you're jaded.
Cassius Campbell <3
Vagão das Serpentes
"Vai ficar tudo bem, poxa. Pode parar de se preocupar?" Dior pediu encarecidamente ao irmão, que parecia disposto a chateá-la em dobro, como de costume.

Tudo bem, ela entendia. O plano não era o melhor de todos… quer dizer, vestir uma roupa da Sonserina e entrar no vagão das serpentes, sem que ninguém notasse? Definitivamente uma ideia de bobo…

O que não esperava era que Dante também fosse causar um pouco. Ao contrário do que se esperava, ele trajava um uniforme com gravata em tons de amarelo e preto. Era engraçado vê-lo daquela maneira, não combinava nem um pouco com Dante.

"Você também não está no direito de falar algo, né?" Dior sorriu e jurou ter visto o irmão ficar vermelho. Seria por conta de Olivia? Com certeza sim… a ponto de fazer com que ele voltasse a ler livros frequentemente. Realmente curioso.

Com a vestimenta devidamente ajeitada em seu corpo, Dior encaixou o capuz sob a cabeça e subiu no vagão; Dante já se encarregava de ajeitar suas bagagens, por mais que um funcionário a mando de Shivani sempre os acompanhava durante esses tempos de retorno à Hogwarts.

Era inevitável perceber o quão o humor sonserino se destacava entre os demais. Digo, as brincadeiras eram afiadas e cheias de duplo sentido, seja ruim ou… bom?

Dior observava discretamente dentro de cada cabine, esperando que Cassius já estivesse ali, ocupando uma delas e por Deus! Quer dizer, Merlin… por Merlin ele estaria sozinho.

Quieta, suas últimas alternativas estavam a sua frente. A penúltima cabine, torcia muito para que fosse aquela, e quando pôs sua mão sob o gancho onde puxaria a porta para o lado, sentiu a presença de outra pessoa. Uma garota, respectivamente. Era sonserina, possuía feições… estranhas.

“Você não vai entrar aí, vai?” Ela fitou Dior de forma ameaçadora, e Dior apenas arqueou as sobrancelhas, surpresa. Antes que pudesse dizer algo, a cabine agora estava aberta e um Campbell muito confuso observava a situação toda.

“Cassius!” Pulou. Não esperava que o primeiro contato fosse assim… onde ela e uma completa estranha discutiam, mesmo que não verbalmente. “Posso ficar aqui?” Os olhos de Dior cintilavam. Era isso ou, bem…

Não precisou pensar na outra possibilidade. Cassius tomou sua mão e a puxou para dentro, deixando a intrusa para fora sem nenhum aviso ou explicação.

Por um momento, ambos se encararam e então ela notou que a essa altura suas maçãs do rosto já estava maduras.

“Nem me pergunte sobre isso.” Ela comentou movendo as vestes sonserinas, sorrindo. Mas então, sua expressão se tornou analítica e ela parou para observá-lo melhor. Estava com um corte de cabelo novo?! Oh… muito charmoso.

Dior sentiu seus dedos suarem e acomodou-se de frente para ele. “Você fica bem assim.” Sentenciou sincera; quanta coragem em um dia só, não?
Nico Gaap Lecter
Sonserina
Juno... But she is not the goddess of love✖
Detesta doces? Mas quem diabos detesta doces? No mínimo essa garota era muito amarga, ou nunca tivera provado da maneira certa. Quem sabe havia comido um feijãozinho de todos os sabores com o gosto de vômito – dizem que é horrível mesmo, mas ainda assim a julgou com uma das sobrancelhas arqueadas. De qualquer forma, bom que sobrava. Compraria alguns sapos de chocolate, umas duas varinhas de alcaçuz e ia saborear enquanto pentelhava a nova conhecida. O açúcar, com certeza, iria recarregar a bateria do garoto até, pelo menos, metade do caminho. – Não sei qual o seu problema com doces, mas sinto muito que seja tão amarga para isso! Fingia um certo pesar na voz, quando na verdade só estava sendo sarcástico.

Os novos integrantes da cabine pareciam conversar entre si, como se fossem amigos há muito tempo. Riam e era como se ignorassem que Juno e Nico estavam bem ali, então a única coisa que fizeram foi mais do mesmo. Exceto, é claro, quando o sonserino ouviu o grito de Juno e logo em seguida sentiu alguma coisa remexer-se por dentro da sua túnica. Parecia algo pequeno! Será que ali tinha ratos? – Nico cogitou, enquanto tateava a mão nas vestes na tentativa de espantar o que havia invadido aquele espaço. Até que, no mesmo instante, um pequeno barulho de asinhas cortou o ar ao lado de sua orelha, bem em tempo de Juno falar para que tivesse cuidado. Bateu a mão no ar, acertando uma tapa em algo. Tentou girar a cabeça e olhar o que havia ao redor, os olhos de íris amarelas tentavam acompanhar os movimentos rápidos e quase sorrateiros aos olhos. Contou um, dois, três... Perdeu a contagem. Mas reconheceu que eram Diabretes da Cornualha. Lembrava de ter estudado sobre eles no segundo ano. E riu.

Não, ele não riu por ver tanto demônio azul prestes a criar uma catástrofe ali dentro da cabine. Mas sim por causa que o que estava dentro de sua túnica saiu ralando por perto de sua costela. Bem onde fazia cocegas. Riu novamente, mas conseguiu tirar o que incomodava. Era um Diabrete, logo percebeu e ficou sério. Não tinha motivo para ficar rindo, ainda mais quando percebeu que a pequena criatura estava segurando, mesmo que com dificuldade, uma varinha. Tateou mais um pouco o bolso interno da capa. – EI! Exclamou com exagero. – Ela é minha! E então esticou os braços, no intuito de alcançar o azulzinho e pegar o objeto mágico de volta. Ainda esbarrou o ombro esquerdo sem querer no braço de Juno. Não por ser desastrado, mas sim por quase desequilibrar ao apoiar o pé no estofado e subir. Por sorte conseguiu recuperar a varinha e segurar a pequena besta azul ladrona na mão oposta. Nem pensou duas vezes e a arremessou na porta, quase acertando, mais uma vez, Juno. Não propositalmente.

Retornou ao chão. Quase nem dava para manter o pensamento fixo naquele momento, mas por um instante divertiu-se com a imagem de Juno tão desorientada com a situação quanto ele. Aproximou-se da porta de vidro da cabine e então empurrou o ombro nela. Estava com a passagem bloqueada. Que droga! – reclamou em pensamento. – Acho que você pode usar um feitiço imobilizante! Sugeriu sem cogitar que, mesmo empunhando a varinha, quem poderia o fazer era ele. Talvez a fala de experiência em momentos assim tivera o incapacitado.
Interação: Juno



Última edição por Nico Gaap Lecter em Dom Jul 21, 2024 8:32 pm, editado 3 vez(es)
Astrid Lothbrok
Grifinória
Ela estava louca ou uma bundinha azul tinha acabado de passar por ela?

Ok, para o mundo que a Astrid quer descer. Ela paralisou no meio do corredor, franziu a testa e, muito lentamente, virou-se. Surpresa: ela não viu nada – muito menos algo azul.

Franziu a testa ainda mais e semicerrou os olhos. Vai que enxergava melhor assim? Ah, que se dane, é perda de tempo. Voltou a andar, puxando sua única mala, que era grande e pesada.

Espera, sua mala não é pesada o suficiente para fazê-la dar dois passos para trás. E muito menos tinha mãos para puxar seu cabelo.

Olhou para trás outra vez e novamente não viu nada. Logo pensou que estava sendo azarada por algum engraçadinho, mas não ficou irritada. Viu uma boa oportunidade de duelo.

Bom, virou-se para frente e seu plano era continuar o caminho, mas um diabrete rebolando a fez paralisar. Ora, esse diabrete viajou para terras brasileiras? Isso era um twerk? Mas que diabos?

Astrid achou aquilo genial de tão engraçado, mas no momento em que foi dar uma reboladinha também, o bichinho lembrou que estava ali para atrapalhar, e não para dançar funk com uma aluna.

A criatura voou com tudo para o rosto de Astrid e ela caiu em cima da própria mala. O barulho foi alto e provavelmente deve ter chamado a atenção de alguém.

- Espero que eu fique com uma cicatriz feroz! – Ela falou, arfante, puxando o diabrete para longe de seu rosto e o segurando com força.

Quando levantou do chão, seu cabelo estava totalmente revirado. – Você tentou me derrubar, mas esqueceu que eu já estou no chão, fofinho. – Abriu uma cabine, que percebeu estar vazia, e jogou o diabrete lá dentro, fechando a porta da cabine rapidamente.

O bichinho a olhou com tanta raiva que era quase como se seus olhos fossem vermelhos. Bateu no vidro algumas vezes e Astrid mostrou a língua para ele. 🤪

Ela arrasou, não é? Não. Vagão das Serpentes 280px-Gretchen_sendo_um_cotovelo_de_esponja_crocante

Logo ouviu barulhos que indicavam que aquele diabrete não era o único que queria guerrear com ela. Desculpa, mas agora vou falar um palavrão: catapimbas!

Começou a correr, puxando a mala que batia de um lado para o outro. Se enfiou no primeiro corredor que viu, depois entrou em uma cabine e fechou a porta muito rápido. Espera… estava fugindo da luta? Droga, por um momento esqueceu quem era. Correu para a mala e pegou a própria varinha. Foi então que percebeu que havia uma menina ali.

- Oi, você vem sempre aqui? – Estava respirando forte e o cabelo realmente não a favorecia.
Vagão das Serpentes 0c4860204937bc50e95b53fb1858e618dd248df3_hq
Com Hope

Fleur Lefebvre
Sonserina
Train
Depois de passar por toda a tradicional travessia da parede na plataforma 9 ¾, carregando minha mala, entrei no trem pela terceira vez sem a companhia do meu pai. Caminhei pelos corredores barulhentos, cercada por alunos irritantes discutindo suas férias e a empolgação com os novos feitiços que aprenderiam.

Um monte de conversa fiada.

Entrei numa cabine, que por milagre, ainda estava vazia. Puxei o meu casaco para cobrir os olhos e tentei adormecer. Assim que consegui adormecer, fui transportada para um mundo nebuloso e sombrio. As cores estavam apagadas, quase inexistentes, e uma nuvem densa cobria tudo ao meu redor. Enquanto caminhava por uma floresta de árvores retorcidas e desfolhadas, os galhos se estendiam como se fossem mãos esqueléticas no céu escuro. De repente, senti um forte impulso, mas não conseguia distinguir se o evento era real ou se estava diretamente ligado ao sonho. Olhei para trás e não vi nada além de sombras que se moviam sutilmente. Continuei andando, mas o puxão ficou mais forte, insistente. Ao longe, ouvi gritos abafados, pedidos de socorro que pareciam vir de um lugar profundo e distante. Os gritos eram agonizantes, ecoando através da névoa.

De repente, um clarão atingiu meu rosto, me despertando abruptamente. Acordei com a intensidade de um furacão, e se ainda não havia um furacão chamado Fleur, eu acabara de criar a existência de um. Minha expressão, ao abrir os olhos, era a personificação desse furacão. — Mas que porra é essa? Não se pode nem dormir em paz! — Falei em um tom alto, as luzes ainda faziam meus olhos se cerrarem e eu apenas visualizei o que parecia uma criaturinha com o meu casaco nas mãos, voando. — Que? — Era um diabrete, óbvio que reconheci, não sou burra. Meu coração deu uma disparada e aquele inferninho de bicho jogou o casaco no meu rosto, me fazendo ter a escuridão total por meros segundos até tacá-lo novamente para o lado. 

— Volta aqui seu bestinha! — Ao sair, me deparei com alguns alunos com os cabelos para cima, outros correndo pelos corredores ao longe, alguns gritos, esses que deve ter sido ouvidos por mim no sonho. —  Sério, não é pedir demais querer um pouco de paz? — Falei em um tom mais alto. 

— Quer saber? Vocês vão tudo pro inferno. — Saquei minha varinha. A cabine onde eu estava era uma das últimas, proporcionando uma boa visão do caos se espalhando pelo corredor. Determinada a pôr um fim naquela bagunça, apenas brandei com vontade o nome do feitiço. — Ventus! — Um forte vendaval percorreu o corredor, afastando os alunos que se seguraram na lateral das portas janelas para não serem arrastados. Enquanto isso, os diabretes foram afastados diretamente para o início, batendo com tudo numa das portas, causando mais tumulto. — Você está louca? — gritou um dos primeiranistas, tentando se manter em pé enquanto o vento o empurrava. — É para afastar os diabretes, não a gente! Feitiços assim não podem ser usados fora de Hogwarts!!! — O feitiço não durou muito tempo, mas a minha presença foi marcada. — Então saiam do caminho!! Hahaha... acham mesmo que vou deixar um diabrete chegar perto o suficiente para puxar meu cabelo? Prefiro enfrentar qualquer punição!  — retruquei, com os olhos ardendo de fúria. 

Passei o resto da viagem sem conseguir dormir novamente, meu corpo tenso e minha mente fervendo com pensamentos de frustração. Olhava pela janela, vendo a paisagem passar como um borrão, e sentia um nó de exaustão se formar no meu estômago. Cada ruído, cada movimento no corredor era um lembrete irritante do quanto aquele dia estava sendo desgastante.

"Será que algum dia as coisas vão ser diferentes?" perguntei a mim mesma, sabendo que a resposta, no fundo, não importava. Eu tinha que lidar com o que viesse, e o que viesse, eu enfrentaria. Mas naquele momento, tudo o que eu queria era um pouco de paz.

Feitiço:


Última edição por Fleur Lefebvre em Qui Jul 18, 2024 12:25 pm, editado 1 vez(es)
Hope Hefferman
Sonserina
Diabretes da Cornualha
O grande dia finalmente chegara: embarcaria para Hogwarts! Embora o castelo nem sempre fosse sinônimo de boas memórias, com certeza era melhor do que ficar em casa. Precisou caminhar por Londres até a estação King's Cross, carregando o malão e a mochila; em parte, preferia a solidão a ter que conviver mais um segundo com a família. Quando finalmente atravessou o pilar da plataforma 9 ¾, sentia-se cansada, e o suor escorria pela testa devido ao esforço.

Sem vontade alguma de virar chacota logo de início, entrou rapidamente no Expresso, trazendo consigo a enorme malão de forma desajeitada. Ao entrar, ouviu um zunido próximo ao ouvido esquerdo, mas ignorou – ledo engano. Enquanto tentava se movimentar pelo Expresso lotado de alunos, ouviu um burburinho, mas seguiu em frente até chegar no vagão da Sonserina. Estava prestes a abrir uma cabine vazia quando sentiu algo ou alguém puxar seu cabelo. No mesmo instante, Hope largou o malão e girou sobre os calcanhares para ver quem havia feito aquilo. Para sua surpresa, encontrou dois diabretes da Cornualha, com seus olhos pretos brilhantes, pele azul, asas e algo semelhante a uma antena.

Conhecia a fama daquelas criaturas mágicas e, se quisesse manter o cabelo e seus pertences, deveria agir rápido. Sem delongas, afastou-os com as mãos, empurrando-os para longe com socos. Retirou a varinha de dentro da mochila o mais rápido que conseguiu, afinal, eles não deixariam de perturbá-la tão facilmente. Estava prestes a conjurar um feitiço contra aqueles dois quando sentiu outro puxar-lhe o cabelo, quase a tirando do chão. — Ei! ME SOLTA! — Gritou, mas a criaturinha pouco se importou. Hope mirou a varinha no diabrete que estava quase a suspendendo do chão. — Immobilus! — Com certeza aquele feitiço não foi a melhor escolha, mas serviria para se desvencilhar de um para enfrentar os outros dois que já estavam querendo abrir seu malão. — Parem! — Hope saiu correndo atrás dos diabretes e conseguiu alcançá-los ainda dentro do vagão da Sonserina. — Immobilus! — Os dois diabretes ficaram imóveis, e a sonserina retirou o malão daquelas mãozinhas pequenas. Correu em direção à cabine que havia escolhido anteriormente e, uma vez em frente a ela, entrou e fechou a porta o mais rápido possível para que nenhum diabrete entrasse também. Ofegava, e os fios acobreados estavam uma lástima.

Enquanto tentava arrumar os cabelos, uma garota loira entrou na cabine, tão bagunçada quanto ela. — Hoje completam 4 anos desde que pisei pela primeira vez no Expresso... isso significa que venho sempre aqui? — Hope sorriu sem graça; colocou o malão no compartimento acima dos bancos e se sentou. Tentou ajeitar os cabelos, mas desistiu; simplesmente os amarrou num coque e puxou o capuz do casaco sobre a cabeça, para disfarçar. — Enfrentou os diabretes também? Pelo visto o ano será agitado. — Pelo estado da garota, ela com certeza enfrentara aquelas criaturas mágicas do Diabo.

Página 1 de 2 1, 2  Seguinte

Ir para o topo

- Tópicos semelhantes
» Vagão das Águias
» Vagão dos Leões
» Vagão dos Texugos
» Vagão de Docentes e Funcionários

Arcane :: Expresso de Hogwarts

 
Permissões neste sub-fórum

Não podes responder a tópicos